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  • Dia
    2025-04-29
  • Categoria
    Angola

Origem:


cabo verde

Angola

Título

Empresários vão investir no Corredor do Lobito

ANGOLA

 Os empresários angolanos radicados na África do Sul mostraram, em Benguela, o interesse de investir no Corredor do Lobito.

O interesse foi manifestado pelo presidente da Associação dos Empresários e Empreendedores Angolanos radicados na África do Sul, no âmbito do II Fórum FIIRCSA do Corredor do Lobito, que decorreu em Benguela.

Segundo Herculano Calei, o interesse dos empresários angolanos radicados na África do Sul pelo investimento em Angola está a ganhar novo fôlego, impulsionado pelo dinamismo em torno do Corredor do Lobito e pela recente aproximação diplomática entre os governos de Angola e dos Estados Unidos.

Herculano Calei disse que a Associação que lidera está atenta às oportunidades emergentes no país, destacando que o convite feito pelo Presidente João Lourenço ao seu homólogo norte-americano, Joe Biden, durante o fórum de 2024, deu ao Corredor do Lobito uma “dimensão muito grande”, o que levou empresários sul-africanos a delegarem-no como representante em Angola para acompanhar de perto os desenvolvimentos do projecto.


Oportunidades em terra fértil

O momento é propício para a atracção de investimento estrangeiro, afirma Herculano Calei, sublinhando que os solos férteis de Angola contrastam com a exaustão agrícola observada na África do Sul, onde já se estuda a agricultura vertical como alternativa à escassez de terra cultivável.

O presidente da Associação dos Empresários e Empreendedores Angolanos Residentes na África do Sul considera que os produtos agrícolas angolanos têm qualidade superior.

“O nosso ananás e a banana-pão são muito melhores. Só precisamos começar e impor a nossa qualidade no mercado”, garantiu, ao referir-se à ideia de exportar produtos nacionais para os grandes retalhistas sul-africanos como a Pick n Pay e outras.

O responsável admitiu que, apesar do entusiasmo, os desafios são consideráveis e um dos principais entraves mencionados é a burocracia envolvida no processo de licenciamento e posse de terras.

O presidente da associação reforça que, além da atractividade natural do país, é preciso garantir segurança jurídica, estabilidade cambial e respeito pelos direitos dos investidores para transformar o actual interesse em investimento concreto.

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