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Angola 

China lidera a lista dos investidores com contratos assinados em Angola

A China lidera a lista de países com contratos de investimentos privados assinados nos últimos seis meses em Angola, principalmente em sectores como a indústria, telecomunicações e construção, anunciou, em Luanda, a presidente do Conselho de Administração da Agência de Investimento Privado (ANIP), Maria Luísa Abrantes (na foto).

Em declarações à imprensa, disse que o país asiático deixou de ser um “grande” prestador de serviços e exportador de equipamentos, para passar a investidor em sectores prioritários da economia nacional. “Hoje, temos empresários chineses que trazerem know-how e que pretendem desenvolver o sector industrial com tecnologias de ponta”, afirmou a presidente da ANIP.

Seguem-se nessa lista a Alemanha, Espanha e Portugal, para os quais o investimento se cinge à indústria ligeira, comércio e prestação de serviços. Portugal já foi, em 2010, o país da União Europeia que mais investimento privado efectuou em Angola.

Em 2008, o valor total do investimento estrangeiro situou-se em 120 mil milhões de kwanzas, em 2009 subiu para 180 mil milhões e em 2010 atingiu os 240 mil milhões de kwanzas.

Luanda continua a absorver uma boa parte do investimento privado, mas assiste-se já a algum investimento em províncias como o Kwanza-Sul e Kwanza-Norte, Huambo, Huíla, Zaire e Cabinda.
Maria Luísa Abrantes declarou igualmente que o volume total de investimentos nestes últimos seis meses foi de 100 mil milhões de kwanzas, que podem criar perto de cinco mil postos de trabalhos.
O empresariado nacional, salientou, que está igualmente nesta corrida na qual “já se observa um equilíbrio em termos comparativos, o que representa uma mais-valia para o país”. Maria Luísa Abrantes considerou que este exercício é um reflexo da capacidade do Executivo em apoiar projectos de investimento.Ontem, a ANIP rubricou cinco contratos de investimento no valor de mais de 30 mil milhões de dólares, em sectores como a indústria de sistemas de climatização e de madeira, comércio e distribuição de bebidas não alcoólicas, além de telecomunicações.

Os empreendimentos subjacentes a esses contratos, que vão empregar nos próximos dois anos 900 cidadãos nacionais, foram a Movicel, Roman consultoria, Floatnumberes Angola Limitada, além da Trivision investiment e Politermica.“Nós estamos a exigir como meta de rigor que os investidores estrangeiros concedam prioridade de enquadramento aos cidadãos nacionais, com salários extremamente competitivos e fixados em função da profissionalização,” disse a presidente da ANIP.

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