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Valências do Porto do Lobito convencem investidores britânicos

Depois de passar pela localidade mineira do Longonjo, província do Huambo, a comitiva empresarial britânica visitou o Porto do Lobito, onde se inteirou do processo de transporte, descarga, peso, armazenamento e exportação de mineiros, através do terminal afim.

Na companhia do embaixador britânico em Angola, Roger Stringer, e do seu homólogo norueguês, Kikkan Marashall Haugen, a delegação verificou a prontidão do equipamento instalado no terminal, desde as máquinas às infra-estruturas, ficando convencidos de que “há perspectivas para bons negócios”.

Falando à imprensa, Roger Stringer afirmou que ficou muito impressionado com a dimensão, equipamentos e infra-estruturas modernas do Porto, que considerou um dos mais importantes de África.

"Estamos aqui pela primeira vez, trazendo nove empresas do sector mineiro. Visitamos as províncias de Luanda, Huambo e Benguela, mas foi no Longonjo, Huambo, onde pensamos que possa haver outros projectos no futuro", enfatizou.

Por outro lado, o representante da Agência Nacional dos Recursos Minerais, Paulo Tanganha, afirmou que esta visita é uma mais valia, porque confirma aquilo que o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás tem feito para a promoção do sector.

“Os empresários estrangeiros receiam investir em Angola devido à falta de infra-estruturas, mas esta delegação britânica constatou in loco, que este porto tem condições para desempenhar um papel relevante no Corredor do Lobito.

Revelou ainda que o resultado da política do seu Ministério é a retomada das actividades em Angola pelas empresas Anglo-América e a Rio Tinto, bem como a Pestana que está a investir no projecto do Longonjo, no elemento terras raras, principalmente no Neodímio e no Praseodímio, material usado para o fabrico de dínamos, o que quer dizer que o sector mineiro está a diversificar a sua produção.

Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração do Porto do Lobito, Celso Rosas, sublinhou que “queremos ter um Porto de referência no continente, que esteja aberto ao mundo e que o Corredor do Lobito seja funcional, competitivo e que possa atrair, cada vez mais, parceiros e clientes.

Segundo ele, o terminal mineraleiro é um gigante adormecido e por esta razão é que está a ser levado a cabo um concurso internacional, no qual esta área seja, eventualmente, concepcionada tal como o terminal polivalente de contentores e carga geral.

“Acreditamos que nos próximos anos, a carga que passar por aqui venha principalmente de várias minas angolanas, da República Democrática do Congo (RDC) e da Zâmbia. Há muitos mineiros que os países europeus pretendem explorar e é óbvio que o Corredor do Lobito é o que melhor oferece em termos de tempo e custos”, realçou.

A retoma da transportação do mineiro da RDC e da Zâmbia, nomeadamente o manganês e o cobre, iniciou-se no dia 5 de Março de 2018, através do Caminho de Ferro de Benguela, no trajecto Lobito/Luau/Lobito, numa extensão de mil 344 quilómetros, para depois ser embarcado nos navios para o exterior do país.

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