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Angola 
BAÍA FARTA, ANGOLA

Nova indústria vai processar 190 toneladas de pescado por dia

Uma fábrica em fase avançada de construção, no município da Baía Farta, província de Benguela, terá capacidade de processar 190 toneladas de pescado por dia, anunciou o sócio-gerente do empreendimento, Marco Cohen (na foto).

Denominada Gallianus Pescas, a unidade, com uma área bruta de 23 mil 383 metros quadrados, vai contar ainda com chupador a vácuo de 80 toneladas/hora e tanques de recepção de pescado de 90 toneladas/hora.

A fábrica, cuja área coberta de produção é de quatro mil metros quadrados, terá ainda capacidade de congelação de 190 toneladas/dia e uma câmara de conservação de 400 toneladas de pescado/dia. Numa primeira fase, espera gerar 150 empregos directos.

Segundo o responsável, que falava à Angop, o investimento está estimado em 13 milhões de dólares americanos, valor assegurado em grande medida pelo Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (Prodesi).

As obras da infra-estrutura começaram em Janeiro do corrente e os ensaios em Outubro, projectando-se a entrada em funcionamento da unidade entre os meses de Dezembro de 2021 e Janeiro de 2022.

A unidade vai começar pela captura e congelação de pescado, seguindo-se a fase de transformação e embalamento de outras espécies de pescado (atum e polvo), enlatados e colocação da marca para exportação, uma vez que a fábrica reúne padrões de qualidade internacionais para o efeito, com todo o equipamento certificado pela União Europeia.

“Esperamos abastecer a cesta básica nacional e estaremos abertos não só aos grandes revendedores, mas também aos pequenos comerciantes retalhistas”, disse, aclarando que não farão a concentração do pescado para os grandes grupos, pois a população em geral terá acesso.

Informou que inicialmente vão trabalhar com uma embarcação que está em construção no exterior do país e que terá uma capacidade de 100 toneladas, com refrigeração,

Questionado sobre o risco do investimento em função da actual realidade económica do país, Marco Cohen afirmou peremptoriamente que não é uma aposta arriscada, porque “somos angolanos e devemos ser nós os primeiros a investir no país”.

O jovem empreendedor exortou os demais cidadãos nacionais detentores de capacidade técnica e financeira a investirem em Angola, de modo a ajudar o país a trilhar o caminho do desenvolvimento.

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