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Pirataria 

Pelo menos 40 tripulantes sequestrados este ano no Golfo da Guiné em actos de pirataria

Mais de 40 tripulantes de embarcações marítimas foram sequestrados desde o início do ano no Golfo da Guiné, uma parte deles estava em dois navios com bandeira portuguesa, segundo o Gabinete Marítimo Internacional (IMB, sigla inglesa).

À Lusa, o diretor-adjunto do Gabinete Marítimo Internacional (IMB, na sigla inglesa), Cyrus Mody, apontou que desde o início do ano foram sequestrados “pelo menos 40 tripulantes” de embarcações ao largo do Golfo da Guiné.

Este número integra os oito membros da tripulação do navio porta-contentores de bandeira portuguesa Tommi Ritscher, abordado em abril no mar territorial do Benim, a cerca de 2,2 milhas náuticas do porto de Cotonou, assim como os sete tripulantes do MSC Talia F, atacado em março ao largo do Gabão, a cerca de 50 milhas náuticas da capital gabonesa, Libreville.

Em 25 de maio, a Marinha nigeriana anunciou a libertação dos oito tripulantes do Tommi Ritscher, navio detido por uma empresa de Singapura e gerido pela empresa alemã Transeste.

No mesmo mês, uma nota do grupo European International Shipowners’ Association of Portugal (EISAP), que reúne armadores com embarcações inscritas no Registo Internacional de Navios da Madeira (MAR) citada pelo Diário de Notícias Madeira anunciou que os sete membros da tripulação do MSC Talia F tinham sido resgatados.

Os dois navios tinham sido registados no MAR, o que levou a autoridade marítima de Portugal, a Direção-Geral de Recursos Marítimos (DGRM), entidade competente pela gestão do estado de bandeira em termos de proteção, a acompanhar os desenvolvimentos.

Questionado pela Lusa, o diretor-geral da DGRM, José Carlos Simão, assinalou que “durante vários anos não ocorreram atos de pirataria contra navios de bandeira portuguesa”, mas que agora surgiram estes dois ataques ao largo do Benim e do Gabão.