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Ano piscatório passa para dia 1 de Setembro

A partir de 2020, o ano piscatório angolano começará no dia 1 de Setembro, ao invés do mês de Janeiro de cada ano como tem sido habitual, avançou, em Luanda, a ministra das Pescas e do Mar, Maria Antonieta Baptista.

 

Segundo a ministra, a mudança da safra piscatória em Angola tem como objectivo dar oportunidade às empresas do sector a deixarem de usar embarcações de arrasto e praticarem a actividade com meios menos nocivos à biomassa, visando alcançar maior número de captura de pescado no país.

Em declarações à imprensa, à margem do 2º Conselho Consultivo/2019 do Ministério das Pescas e do Mar, a ministra sublinhou que neste ano a estratégia do sector centrou-se, essencialmente, na diminuição de embarcações de arrasto, que foram substituídas por um número maior de embarcações com uma arqueação bruta inferior que causam menos danos à biomassa, um processo que vai continuar em 2020.

“Com o uso de embarcações com arqueação bruta inferior, o sector conseguiu ter maior índice de produtividade, sem provocar danos maiores à biomassa”, afirmou.

Além da continuidade desse processo, referiu que em 2020 o foco do ministério também será o fomento da exploração do sal, incentivando os investidores a apostarem nesse sub-sector das pescas, para aumentar a produção e promover as exportações desse produto.

Ao fazer o balanço do actual ano piscatório, Maria Antonieta Baptista considerou positivo o exercicio económico, sendo que, até Novembro último, os dados preliminares indicavam uma cifra acima dos 90 por cento nos níveis de captura de pescado.

Sem precisara a quantidade exacta de pescado capturado este ano, adiantou que essa percentagem poderá aumentar e superar os níveis de captura definido no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018/2022.

Na ocasião, a ministra apelou aos parceiros do sector a contribuírem no processo de diversificação económica do país, tendo em conta a adesão ao conceito de economia azul.

Resultados do 2º Conselho Consultivo

Segundo a ministra, o balanço desse conselho consultivo é positivo, por permitir espelhar a harmonização das políticas do sector e a execução dos operadores ligados à captura e processamento do pescado.

Após os debates sobre vários temas que dominaram o encontro, os participantes recomendaram os importadores de sal a requererem as quotas de importação anual em tempo útil, pois a sua atribuição será semestral para as empresas que estiverem inscritas no balcão online do ministério.

Incentivar e fomentar a aquicultura, o turismo costeiro e marítimo, bem como o uso de biotecnologia e da energia azul e proceder a exploração mineira dos fundos marinhos também constam das recomendações dos operadores das pescas.

Sob o lema “Ministério das Pescas e do Mar numa parceria com o empresariado, rumo ao desenvolvimento sustentável”, o evento foi realizado em um dia, no Instituto Politécnico das Pescas (Cefopecas), localizado no distrito urbano dos Ramiros, município de Belas, em Luanda.

O encontro, que contou com 138 participantes, entre directores nacionais e das regiões piscatórias, empresários, representantes dos ministérios do Interior e dos Transportes, visou reflectir em torno das actividades realizadas ao longo deste ano e projectar as próximas acções do sector.