Sistema de Lupa activo | Voltar vista normal
Notícias 

Investimento chinês em portos externos cresce exponencialmente

 De acordo com os dados publicados num estudo levado a cabo pelo banco britânico de investimento Grisons Peak, as entidades empresariais chinesas equacionam reforçar fortemente o investimento fora do território nacional, mais concretamente em nove portos estrangeiros.

Mais: segundo avançou recentemente o jornal Financial Times, os valores ligados aos projectos portuários no exterior elegíveis para investimento duplicaram desde o ano passado, facto que poderá conduzir a uma rápida expansão do poder económico chinês em termos marítimos – reforçando os projectos em redor da ‘Nova Rota da Seda Marítima’, que faz parte da iniciativa Belt and Road (OBOR).

Investimentos em portos estrangeiros ascende aos 20 mil milhões de dólares

Como informou o banco Grisons Peak, o investimento chinês em projectos portuários no exterior subiu 9.97 mil milhões de dólares até Junho de 2017, totalizando actualmente 20 mil milhões; estes valores incluem quatro projectos portuários na Malásia que, no total, ultrapassam os 185 milhões de dólares – 7.2 mil milhões para o projecto Melaka Gateway, 2.84 milhões para o Porto de Kuala Linggi, 1.4 mil milhões para o Porto de Penang e 177 milhões destinados a vários projectos no Porto de Kuantan.

Mais: o porto regional chinês de Ningbo Zhoushan planeia investir cerca de 590 milhões de euros no projecto denominado Kalibaru, que consiste na expansão infra-estrutural do Porto de Tanjung Priok, situado na Indonésia.

Mas a onda de investimentos chineses não fica por aqui: a operadora portuária China Merchants também investirá no sector, apresentando planos para construir um grande porto para cargas contentorizadas em Klaipedia, na Lituânia. Investimentos na região nórdica do globo também estão na forja (no Porto de Kirkenes, localizado na Noruega).
«Passagens económicas azuis» para implantar ímpeto expansionista

Os investimentos portuários no exterior são encarados pelo Governo chinês como «passagens económicas azuis», conectando rotas comerciais importantes e assim tecendo uma rede de ligações operacionais ampla, efectiva e suportada em infra-estruturas portuárias capazes de consolidar o plano expansionista chinês (que também se alarga ao conceito One Belt One Road, intento diplomático e estratégico que visa criar laços comerciais com mais de 65 países).

fonte