Investimento da China em Portugal abre caminho a relações privilegiadas
O investimento da China no sector energético em Portugal abre caminho a relações privilegiadas entre os dois países, que pode até levar ao redesenhar da “geografia estratégica” de Lisboa, afirma o analista Paulo Gorjão.
“A consolidação das relações bilaterais entre a China e Portugal abriria um leque de novas possibilidades, podendo a China pode ser o portal privilegiado de Portugal para a Ásia e vice-versa”, precisa o investigador do Instituto Português de Relações Internacionais e Segurança (IPRIS), em análise divulgada este mês.
Estas relações privilegiadas, adianta, seriam uma “significativa alteração da forma como Portugal entende a sua geografia estratégica”, sendo o “triângulo estratégico clássico entre Portugal, Brasil e os países africanos de língua portuguesa” complementado com um quarto “vértice” na China.
Na análise “Portugal e a China: A Ascensão de Uma Nova Geografia Estratégica”, Gorjão salienta a crescente importância que os últimos governos portugueses têm dado às relações políticas e económicas com a China.
Para o governo actual, a região Ásia Pacífico é uma das grandes prioridades, tendo como pano de fundo o reforço das exportações, para diversificar os mercados para além da tradicional União Europeia, que enfrenta um cenário recessivo.
Desde 2005, Portugal é “parceiro estratégico” da China e a importância dada pelas duas capitais às relação bilateral tem crescido e a nível económico os sinais são positivos, com a duplicação das exportações portuguesas para a China nos últimos dois anos, que deverão ter superado pela primeira vez mil milhões de dólares no ano passado.
“Salvo imprevistos, parece provável que nos próximos anos a China vai entrar na lista dos 10 principais mercados de exportação portugueses”, escreve Gorjão.
A aquisição de 21,5% da Energias de Portugal (EdP) pela China Three Gorges (CTG), no final do ano passado, é um marco nas relações a nível empresarial, e poderá ser seguido pela entrada na Redes Energéticas Nacionais (REN) da State Grid Corporation of China (SGCC).
“A aquisição da CTG marca o ponto de partida de um tipo de investimento estratégico chinês em Portugal. Pela primeira vez, uma empresa chinesa estatal investiu num sector estratégico da economia portuguesa. O resultado seria diferente se a confiança mútua entre governos não estivesse assegurada”, diz Gorjão.
“Por isso, é razoável assumir que, se a oportunidade surgir, o governo português vai permitir mais investimentos chineses noutros sectores estratégicos da sua economia, como por exemplo a banca, telecomunicações, ou transportes”, adianta..
O interesse das empresas chinesas em Portugal deve-se em grande parte aos laços com o Brasil e África, validando a estratégia que tem vindo a ser seguida.
Data: 2012-01-16
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