Início > Artigo > Um comboio de esperanças



CAMINHO DE FERRO DE BENGUELA

Um comboio de esperanças


Ao chegar ao Huambo, a alegria explodiu. Milhares de pessoas saudaram o comboio, um gigante que, majestoso, atravessava meia cidade, apitando, como que a anunciar novos tempos, uma nova vida.

E o Huambo correspondia com acenos e sorrisos. As danças também não faltaram, o que não deixava de ser notável, quando se percebe que o comboio chegou à cidade pouco depois das seis horas da manhã.

- Esperamos muito tempo -. Era a expressão que muito se ouvia. Crianças e adultos reagiram e transpareceram nos rostos um desfazer de um nó que lhes embargava a respiração, como se tivessem recuperado a identidade. E o Huambo só é Huambo com o comboio.

Milhares de histórias de amor resultaram da existência do comboio, milhares de cursos se estudaram tendo o comboio como amigo para encurtar distâncias, milhares de homens se fizeram técnicos metalo-mecânicos. Toda a cidade cresceu, cresceram as indústrias, toneladas de alimentos foram transportados, com destaque para os cereais. E as notícias e a brisa do mar chegaram ao Luau, lá de onde vinham toneladas e toneladas de minérios e, cera e também mel.

O comboio já foi o maior empregador no Huambo, também o maior contribuinte.

O comboio está na memória das gentes do Huambo como motivo de sorrisos e de felicidade. Milhares se lembram ainda das viagens no recovero, no camacove, ou no mala. Do mais lento ao mais rápido e confortável. Todos eles a fazer de grande tela para o desfile de paisagens infindas de extensão e de beleza, que afinal é a imagem de Angola.

Mais produtos e mais baratos passarão a chegar ao Huambo. É o que o povo espera, para reerguer casas e fábricas, para pôr as máquinas a trabalhar.

VERSÃO INTEGRAL DESTA NOTÍCIA, AQUI

 




Data: 2011-10-09
Autor: 6361app

Artigos relacionados:

  • KURIKUTELA | DO PORTO DO LOBITO AO LUAU - O comboio celebrado pelo Duo Ouro Negro
  • Construção, iniciada em 1899, demorou 30 anos

  •  Vídeo

    Sobrevoando a Restinga e a cidade do Lobito (Angola)

     XIII Congresso da APLOP | Ireneu Camacho | ENAPOR – Portos de Cabo Verde

     XIII Congresso da APLOP | Eneida Gomes | ENAPOR – Portos de Cabo Verde

     XIII Congresso da APLOP | Joaquim Gonçalves | APDL

     XIII Congresso da APLOP | Ricardo Roque | A Marca APLOP – Novos Caminhos

     XIII Congresso da APLOP | António Santos | Estudo de Mercado dos Portos dos PALOP

     XIII Congresso da APLOP | Dinis Manuel Alves

     XIII Congresso da APLOP | Segundo período de debate

     XIII Congresso da APLOP | Debate

     XIII Congresso da APLOP | Apresentação do Painel 1

     Encerramento do XIII Congresso da APLOP

     XIII Congresso da APLOP | José Renato Ribas Fialho | ANTAQ

     XIII Congresso da APLOP | Cerimónia de Abertura | Ireneu Camacho

     XIII Congresso da APLOP | José Luís Cacho

     XIII Congresso da APLOP | Massoxi Bernardo | Porto de Luanda

     XIII Congresso da APLOP | Francisco Martins | Porto de Suape

     XIII Congresso da APLOP | Cerimónia de Abertura | Murillo Barbosa

     XIII Congresso da APLOP | Cerimónia de Abertura | Abraão Vicente

     XIII Congresso da APLOP | Cerimónia de Abertura | Jucelino Cardoso

     XIII Congresso da APLOP | Belmar da Costa | Curso de Introdução ao Shipping

     XIII Congresso da APLOP | Joaquim Piedade | Zona Franca do Dande

     Constituição da APLOP

    Constituição da APLOP

    Foto de família