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Pirataria marítima global reduzida quase a metade

A pirataria no mar atingiu o seu nível mais baixo em seis anos, com 264 incidentes registados, e a principal causa desta redução em todo o mundo (cerca de 40%) é a diminuição dos incidentes na Somália, costa da África Oriental.

Assim o afirma o diretor do International Maritime Bureau (IMB) da Câmara de Comércio Mundial, Pottengal Mukundan, a entidade produtora do relatório anual.

Os relatórios de pirataria global dão conta de 300 pessoas feitas reféns no mar em 2013, 21 das quais acabaram feridas. Doze navios foram sequestrados, 202 foram abordados, 22 foram alvejados e houve ainda 28 tentativas de assalto relatadas às autoridades.

Na costa ocidental de África, os piratas nigerianos mostraram-se particularmente violentos, chegando a matar um tripulante e sequestrando 36 pessoas em terra, com o fim de garantir o resgate exigido.

O IMB é o único centro independente que funciona 24 horas por dia, recebendo os relatórios dos navios e fornecendo-lhes informações sempre atualizadas sobre ataques de pirataria em todo o mundo.
Portugal no patrulhamento do Corno de África

Os 15 incidentes atribuídos ao longo de 2013 aos piratas somalis incluem dois navios sequestrados e oito embarcações alvejadas, os números mais baixos desde 2006.

Portugal desempenhou um papel na redução dos incidentes naquela área no ano passado - 15 contra 75, em 2012 e 237, em 2011 - já que o comando da Operação Atalanta da Força Naval da União Europeia de combate à pirataria no Corno de África, EUNAVFOR, coube à Marinha portuguesa entre abril e agosto de 2013.

A fragata 'Álvares Cabral' largou de Lisboa a 12 de março. Além do Comando, Estado Maior e da guarnição, incluía um helicóptero e respetivo destacamento, uma equipa de abordagem do Corpo de Fuzileiros, num total de 213 militares.

O principal objetivo do patrulhamento daquela costa pela EUNAVFOR é a proteção dos envios por via marítima do Programa Alimentar Mundial (PAM) para a Somália. Nessa proteção inclui-se também a navegação mercante vulnerável e promove-se a prevenção, dissuasão e repressão de atos de pirataria.

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