Cabo Verde

SÃO PEDRO, CABO VERDE

Japoneses por detrás da exportação «ilegal» de pepino do mar e búzios

Um grupo de japoneses pode estar por detrás da exploração “ilegal” de búzios e pepinos do mar, tratados de forma artesanal na localidade de São Pedro, na ilha de São Vicente. A história ganha contornos de polémica e mistério já que ninguém tem licença para esse tipo de actividade, o processamento do produto não respeita as regras mínimas de salubridade, tão-pouco se sabe a quantidade e como os pepinos secos, cujo um quilo custará cerca de 40 mil escudos no mercado asiático, saem de Cabo Verde.

As investigações das autoridades indicam que pelo menos um contentor cheio de pepinos do mar e búzios secos saiu do país. O problema é que, ao que o A NAÇÃO pôde apurar, não existe nenhum registo de exportação desse tipo de produto nas Alfândegas. E nem poderia haver, acentua o director-geral das Pescas, Juvino Vieira, já que “a Direcção Geral Pescas, que é autoridade nessa matéria, não emitiu nenhuma licença nesse sentido”.

Sendo assim, existe a suspeita que de que houve uma “falsa declaração” feita por quem fez sair o produto de Cabo Verde. Ou seja, em vez de pepinos do mar e búzios secos, o “suposto exportador” terá declarado que estaria a enviar casco de búzio, especula uma fonte ligada ao Instituto Nacional do Desenvolvimento das Pescas (INDP), uma das entidades envolvidas no processo de desvendar esse “mistério” de exportação ilegal de um recurso das nossas águas.

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