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Rio Grande bate recorde e projecta crescer mais

Segundo maior porto na movimentação de soja e quarto na movimentação de contêiner do país, Rio Grande, no extremo Sul do Brasil, estabeleceu em 2011 um novo recorde, com o registro de 30,4 milhões de toneladas, volume que representa aumento de 9,99% sobre 2010, quando alcançou 27,7 milhões de toneladas.

Desse total, 23,8 milhões correspondem a navegação de longo curso, 2,1 milhões de cabotagem e 4,4 milhões de navegação interior. A média mensal de mercadorias em 2010 ficou em 2,3 milhões de toneladas e a média mensal de 2011, em 2,5 milhões.

O superintendente do porto, Dirceu Lopes, estima que apesar da previsão de queda na safra agrícola deste ano devido à estiagem e da crise econômica europeia, a movimentação do porto deve crescer em 2012 com a conquista de novos mercados e projetos já contratados para a região Sul do Brasil.

“Com a consolidação das obras e validação do novo calado para o canal de acesso, estaremos ao final deste ano executando uma das melhores movimentações de cargas no porto”, prevê o superintendente, acrescentando que Rio Grande está sendo planejado para operar com maior eficiência possível. “Vamos preparar o futuro do complexo portuário e sua gestão”, destaca.

As obras do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento – incluem a construção do cais público de 1425 metros, dragagem do canal do Porto Novo e São José do Norte e bacia de evolução, mais os projetos de modernização das retroáreas que totalizam investimentos de R$ 360 milhões. Já os investimentos bancados com recursos da superintendência, da ordem de R$ 80 milhões, serão usados para a dragagem de manutenção do canal, construção da pavimentação do Porto Novo, sinalização náutica, monitoramento dos Molhes da Barra e monitoramento ambiental.

Por segmento, a maior movimentação é de granel sólido com 19,6 milhões toneladas, em 2011, o que representou crescimento de 19,37% sobre o ano anterior. Em relação à carga geral e ao granel líquido foram movimentados 7,1 milhões de toneladas e 3,7 milhões de toneladas, respectivamente. Junto com os Terminais Graneleiros Bianchini, CCGL (Termasa/Tergrasa) e Bunge, a direção do porto criou o Plano de Ação da Safra de Soja 2012.

A estimativa é de que seis dos oito milhões de toneladas de soja nesta safra devem ser escoadas por Rio Grande. A medida de maior ênfase é o agendamento prévio da descarga dos caminhões. O objetivo é garantir agilidade e evitar congestionamento junto às rodovias de acesso ao porto.

Estão em andamento programas de divulgação junto às concessionárias de rodovias que dão acesso ao complexo portuário, nos postos da Policia Rodoviária Federal, na Praça de Pedágio do Capão Seco e na balança. Cerca de 20 mil folders explicativos já foram distribuídos aos caminhoneiros orientando-os através de mapas sobre locais de estacionamento, telefones úteis e outras informações necessárias. O monitoramento do escoamento e armazenagem estática está sendo realizado pela superintendência do porto, através de informações diárias provenientes dos terminais graneleiros. O diretor técnico do porto, Luiz Laurino, informa que o plano começou a ser planejado no ano passado. “Estamos preocupados em assegurar o bom funcionamento para todos os envolvidos, caminhoneiros, usuários das rodovias, importadores, exportadores, trabalhadores do porto, toda a estrutura portuária”.

Entre as principais mercadorias exportadas pelo porto de Rio Grande em 2011 estão soja em grão (5,9 milhões de toneladas), farelo de soja lowpro (2,0 milhões de toneladas), trigo (1,6 milhão de toneladas) e arroz (1,0 milhão de toneladas). Entre as principais mercadorias importadas estão ureia (792 mil toneladas), cloreto de potássio granulado (722, mil ton), fosfato cálcio natural (504 mil ton) e ácido sulfúrico (344 mil ton).

O Complexo portuário é formado pelo Porto Velho, Porto Novo e Superporto. No total, são 18 berços de atracação em dez terminais e uma base naval ao longo de 11 km de extensão do canal.

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