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Descoberta de petróleo no «Azul-1» encoraja petrolíferas a operar no País

O anúncio da descoberta de petróleo no poço de exploração Azul-1, localizado em águas profundas do bloco 23 da bacia do Kwanza, "vem dar um encorajamento extra às petrolíferas para aumentarem os seus esforços de exploração na camada do pré-sal angolano", afirma a Economist Intelligence Unit.

No seu mais recente relatório sobre Angola, a instituição refere que o potencial do pré-sal angolano está a animar as empresas petrolíferas que operam no País, bem como o Governo, uma vez que as descobertas podem significar um aumento das reservas confirmadas.

Na passada sexta-feira, a Cobalt International Energy, que tem como principal accionista a Goldman Sachs, confirmou a existência de grandes quantidades de petróleo no Bloco 21, apontando os resultados preliminares para uma capacidade de produção próxima de 20 mil barris de petróleo diários.

"O poço Cameia é um sucesso extraordinário. Os resultados excederam as nossas expectativas pré-perfuração e aumentámos a nossa confiança em todo o inventário de exploração pré-sal na África Ocidental", afirmou o presidente da Cobalt, Joseph Bryant, no comunicado em que foi anunciada a descoberta.

A camada de pré-sal situa-se a grande profundidade, apresentando dificuldades técnicas à exploração e exigindo que as reservas encontradas sejam maiores do que o habitual, para que a produção seja rentável.

A descoberta no bloco 23, operado pela dinamarquesa Maersk Oil, a primeira no pré-sal, foi feita a 5 334 metros de profundidade.

O potencial, segundo a EIU, é de 3 mil barris de petróleo por dia, tendo a operadora indicado que vai prosseguir na avaliação da descoberta e aprofundar os trabalhos de exploração.

Em 2010, Angola produziu uma média de 1,9 milhões de barris de petróleo por dia, porém problemas registados em vários blocos em 2011 fizeram com que a produção tenha ficado numa média de 1,65 milhões a 1,7 milhões de barris de petróleo por dia.

Este ano, a produção deverá recuperar para 1,85 milhões de barris diários, tendência que deverá manter-se nos próximos anos, à medida que novos campos entrem em fase de produção.

Até 2014, o nível de produção angolano deverá atingir 2 milhões de barris diários.

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