Cabo Verde

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Embaixador de Portugal e presidente do BES-CV apelam ao investimento português

O embaixador de Portugal na Cidade da Praia e o presidente do BES Cabo Verde (BES-CV) apelaram segunda-feira ao investimento de empresas portuguesas em Cabo Verde, mercado variado e que pode abrir portas para outros.

Em declarações à Agência Lusa, antes da abertura de um Fórum Empresarial na Cidade da Praia, tanto Bernardo Lucena como Pedro Cudell salientaram a importância de estarem presentes quatro missões empresariais portuguesas juntando 34 empresas.

"Apelo a que os investidores (portugueses) pensem seriamente em investir em Cabo Verde", disse o diplomata português à Lusa, realçando, porém, estar há apenas um mês no arquipélago, pelo que afirmou ser ainda cedo para poder fazer comparações com o passado, embora reconhecendo os esforços do Governo cabo-verdiano.

"O Governo cabo-verdiano tem feito um esforço notável para tornar o ambiente de negócios mais favorável. Isso é um dado objetivo. Já foi reconhecido com a subida no 'ranking' do Doing Business. Mas há um balanço positivo se somarmos os prós e os contras das razões que podem ou não levar os investidores portugueses a investir em Cabo Verde", salientou.

Pedro Cudell, por seu lado, realçou que o BES-CV "está absolutamente comprometido" com a internacionalização das empresas portuguesas e salientou que as exportações não são tudo, pois a ajuda passa também pela criação de condições para que possam investir em novos mercados e novas geografias.

"Estamos em Cabo Verde com uma filosofia diferente dos restantes bancos. Por isso, apelo para que venham para Cabo Verde, que façam um "stopover" e lancem-se para África. É o novo mercado, que está à nossa espera, que conhecemos desde o século XVI e que nos recebe de uma maneira muito especial", salientou.

Na cerimónia de abertura, a diretora da Área de Feiras da Associação Industrial Portuguesa (AIP-FCE), Fátima Vila Maior, lembrou a possibilidade que Cabo Verde oferece para a internacionalização para outros mercados, dado o facto de o arquipélago aceder quer à África Ocidental, ao Mercosul e aos Estados Unidos.

O fórum, que contará hoje e terça-feira com uma "bolsa de contactos" entre empresas portuguesas e cabo-verdianas, antecede a 15.ª Edição da Feira Internacional de Cabo Verde (FIC), que decorrerá de quarta-feira a domingo no Mindelo (ilha de São Vicente).

As quatro missões são lideradas pela Associação Industrial Portuguesa (AIP), Associação Industrial do Distrito de Aveiro (AIDA), Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Electromecânicas (ANEMM) e Agência para a Promoção do Investimento dos Açores (APIA).

Entre os setores representados figuram setores como ecoturismo, metalomecânica, fabricação de tabaco, construção, equipamentos hoteleiros, instalações elétricas, "webdesign", serviços de comunicação e fabricação de veículos elétricos.

Para aliciar as empresas lusas, Cabo Verde pretende implementar nos próximos cinco anos um programa que dá prioridade ao desenvolvimento e reestruturação dos setores da energia, transportes, infraestruturas e modernização das pescas, bem como a criação de condições para a atração de capitais externos.

De quarta-feira a domingo, a maioria dos empresários segue para o Mindelo, onde participa na FIC, evento coorganizado pela AIP-Feiras, Congressos e Eventos/FIL e pela Feira Internacional de Cabo Verde SA.

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