Moçambique

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África poderá industrializar-se com zona de livre comércio

A zona de livre comércio africana é uma oportunidade para a industrialização do continente, defende o representante do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) em Moçambique, e justifica afirmando que poderá permitir o aumento do comércio intracontinental.

“A zona de livre comércio constitui uma grande oportunidade para a industrialização do continente africano, porque tem potencial para permitir que produtos primários e intermédios sejam transformados no continente”, afirmou Pietro Toigo (na foto).

Toigo falava no âmbito do primeiro fórum de negócios da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

A remoção de barreiras ao comércio entre os países africanos vai gerar maior apetência à adição de valor e processamento de matérias-primas, impulsionando a industrialização, acrescentou Toigo.

“Uma maior integração das economias africanas, através da zona de livre comércio, vai criar economias de escala e levar a uma pressão positiva para a transformação de bens e equipamentos no continente”, disse.

O representante do BAD assinalou que África tem recursos à altura de estimular a industrialização, apontando os recursos minerais, energéticos e agrícolas como activos importantes para a transformação das economias africanas.

“O sector privado africano não deve ter medo da competitividade que será, naturalmente, gerada com a zona de livre comércio, porque há mais benefícios do que perdas”, enfatizou.

Pietro Toigo apelou aos Estados africanos para ultrapassarem as hesitações em relação ao referido mecanismo, “investindo na implementação” de iniciativas que possam levar à concretização desse objetivo.

A Zona de Comércio Livre Continental Africana entrou em vigor em 01 de Janeiro, tendo o respetivo acordo sido assinado em 2018 por 54 das 55 nações da União Africana (UA).

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