Moçambique

África do Sul foi o maior parceiro comercial de Moçambique no 1.º trimestre de 2020

O défice da balança comercial fixou-se nos 908.3 milhões de dólares no primeiro trimestre deste ano. Ou seja, as importações moçambicanas superaram o volume das exportações no período.

Entre Janeiro e Março de 2020, o volume das importações moçambicanas situou-se nos cerca de 1.9 mil milhões de dólares, contra 999.1 milhões de dólares de exportações, resultando num défice da balança comercial na ordem de 908.3 milhões de dólares no fecho do primeiro trimestre.

Na sua síntese sobre o comércio externo antes dos efeitos da pandemia da COVID-19 em Moçambique, o Instituto Nacional de Estatística (INE), indica que as compras aumentaram 9%, quando comparadas com o primeiro trimestre de 2019, destacando-se as maquinarias com um peso de 18,1%, cereais (8,7%) e gasóleo (8,1%).

No sentido inverso, ou seja, o que Moçambique conseguiu vender no exterior, reduziu em cerca de 21,9%, com as barras de alumínio a absorverem 23,1%, carvão mineral (19,5%), energia eléctrica (15,5%) e gás natural (6,8%).

Em termos de países que se evidenciaram nas relações comerciais com Moçambique, no primeiro trimestre de 2020, a vizinha África do Sul adquiriu mais produtos (23,3% do total das exportações moçambicanas), segue-se a Índia (12,3%), China (4,3%) e Países Baixos (1,8%).

Relativamente às importações, entre os fornecedores para Moçambique, tiveram maior relevo a África do Sul (23,1%), a índia (10,2%), a China (8,5%) e os Emirados Árabes Unidos (7,5%).

Refira-se, que a economia moçambicana, ao longo do primeiro trimestre de 2020, face ao período homólogo de 2019 registou um crescimento em cerca de 1,68%, prevendo-se uma recessão nos próximos trimestres devido aos efeitos da pandemia da COVID-19.

Este resultado, segundo o INE, foi influenciado basicamente pelos ramos de electricidade, gás e água (6,5%), transporte, armazenagem, informação e comunicações (5%), contrariando a tendência dos sectores da indústria extractiva (-11,5%) e hotéis e restaurantes (-1,4%).

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