MACAU - CHINA

Criação do Fórum de Macau permite crescimento exponencial do comércio entre os países-membros

O valor das trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa aumentou 12 vezes desde a criação do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau), em 2003, salientou a secretária-geral do Secretariado Permanente, Xu Yingzhen (na foto), em declarações ao Jornal Tribuna de Macau.

“Aquando da criação do Fórum Macau, em 2003, o valor total das trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa era cerca de 11 mil milhões de dólares, enquanto em 2018 esse número aumentou para 147,3 mil milhões, ou seja, um acréscimo de mais de 12 vezes”, frisou.

A secretária-geral salientou que os números relativos ao investimento directo da China nos países de língua portuguesa são ainda mais impressionantes, tendo aumentado de 56 milhões de dólares em 2003 para 5,699 mil milhões de dólares, neste caso em 2016, “representando cerca de 100 vezes mais.”

Além disso, foram aumentadas as áreas de cooperação, que passaram das sete sete anunciadas na 1ª Conferência Ministerial para 20 na 5ª Conferência, abrangendo “a maior parte dos sectores da economia nacional e do desenvolvimento social dos países participantes.”

O papel desempenhado por Macau, enquanto plataforma, foi evidenciado por Xu, que salientou ter essa realidade feito com o que o território tenha vindo a ganhar posição e influência a nível mundial, “o que tem permitido desenvolver diversos sectores económicos, nomeadamente as convenções e exposições, o turismo, o comércio e a medicina tradicional, contribuindo, assim, para o desenvolvimento da diversificação adequado da sua economia”, acredita Xu Yingzhen.

A secretária-geral disse o Fórum de Macau continuará a apoiar a construção de Macau como Plataforma que visa a sua integração na conjuntura do desenvolvimento nacional, mas ressalvou que “os países participantes também devem desenvolver esforços para promoverem, em conjunto, a inovação no quadro do Fórum de Macau, a fim de explorar novos modelos e vias de cooperação em diversas áreas para fomentar o desenvolvimento do Fórum, no intuito de atingir um patamar mais alto, mais amplo e mais diversificado.”

Xu disse ainda que que a cooperação actual entre a China e o mundo de língua portuguesa não se fica pelo segmento económica e comercial, abrangendo também a área humana.

“Na vertente da cooperação dos recursos humanos, desde 2011, em que se criou o Centro de Formação do Fórum de Macau até o fim de 2018, foram convidados mais de mil formandos provenientes dos países de língua portuguesa para fins de intercâmbio e formação em Macau, em matérias de gestão governamental, investimento e comércio, construção de infra-estruturas, finanças, direito, medicina e saúde, gestão do turismo, entre outras”, disse.

Relativamente às áreas em que o Fórum de Macau pretende investir no futuro, Xu Yingzhen assegurou que o organismo “irá aproveitar plenamente as características de Macau enquanto plataforma, privilegiando o fomento da cooperação económica e comercial e promovendo de uma forma activa a cooperação nos domínios da cultura, turismo, medicina tradicional e educação.”

Além disso, adiantou, “acompanhando os conteúdos em estreita articulação com as linhas gerais da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e a iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’, o Fórum irá diligenciar no sentido de aprofundar continuamente a cooperação em diversas áreas entre a China e os países de língua portuguesa.” (Macauhub)