Pescas

Porto de pesca da Beira, em Moçambique, vai ter gestão privada

Investidores de Moçambique, Espanha, China e das Ilhas Maurícias manifestaram interesse em conseguir a gestão do Porto de pesca da Beira, província de Sofala, centro de Moçambique, disse o director da sociedade gestora do porto, Carlos Calenga.

Aquele responsável disse ainda ao matutino Notícias, de Maputo, terem os elementos a constar do caderno de encargos sido já elaborados e enviados ao Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas para o lançamento de concurso público internacional.

“A ideia subjacente ao lançamento de um concurso público internacional é garantir a rentabilidade, eficiência e produtividade do porto de pesca, através de uma parceria público-privada”, disse ainda Carlos Calenga.

O porto de pesca da Beira foi recentemente alvo de obras de reconstrução, depois de ter sido destruído pelo ciclone Eline, que em Fevereiro de 2000 atingiu a capital provincial de Sofala, ao abrigo de um empréstimo de 120 milhões de dólares concedido pela China.

A empreitada, que foi executada pela China Harbour Engineering Company (CHEC), permitiu a expansão do cais de 188 metros para 377 metros de extensão, o que permite a atracação de 16 embarcações industriais em simultâneo, contra as anteriores oito.

Passou igualmente a dispor de seis câmaras frigoríficas, uma fábrica de gelo com uma capacidade de 60 toneladas/dia, sala de processamento de pescado com capacidade para 50 toneladas/dia, capacidade de manuseamento de 700 mil toneladas por ano, entre outras melhorias que tornaram o porto de pesca no maior e mais moderno do género em Moçambique.

A pesca artesanal é praticada na região por 21 mil pescadores, a semi-industrial por 13 armadores com 24 embarcações a motor fora de bordo, enquanto a industrial envolve sete empresas, com 54 barcos. (Macauhub)