Moçambique

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Portos de Maputo, Beira e Nacala podem dinamizar Economia Azul

Clávio Macuácua, orador na conferência internacional "Crescendo Azul" garante que os portos de Maputo, Beira e Nacala são os três maiores pontos de entrada para o país, via marítima.

"É importante falar da importância do comércio marítimo na Economia Azul por sermos um país com três grandes portos. Os portos de Maputo, Beira e Nacala", disse o orador.

Segundo Macúacua, Moçambique tem estado em holofotes internacionais nos últimos meses por causa dos ciclones Idai e Kenneth. Mas não são apenas desastres naturais que chamam atenção do mundo para o país, os acordos entre o governo e os players da indústria de petróleo e gás posicionam Moçambique como um lugar estratégico para investir.

"Se formos a falar do porto de Maputo em 2010 fazia multishipping para Durban e perdemos dinheiro por causa de infra-estructuras. O canal foi melhorado e temos infra-estructuras para servir a zona de Mpumalanga, que detém um PIB elevado. Devemos investir também na Suazilândia que importa a 300 km e nós estamos a 100km", explicou.

Para Clávio Macuácua o porto da Beira recuou no tempo por causa do ciclone Idai mas o seu regresso ao funcionamento total deve ser comparado ao coração da girafa. Isto porque o coração da girafa trabalha com muito esforço para alcançar a cabeça que está a um metro de distância.

"É o porto da Beira que deve alimentar a região da Hinterland por isso a sua recuperação é de extrema importância. Concluímos que a Beira é um ponto ideal para servir projectos que estão no Zambeze", acrescentou.

Este orador afirma que o porto de Nacala possui mais de 60 metros de profundidade e é um porto natural. Por esta razão a Economia Azul é uma oportunidade para aumentar a capacidade do mesmo, que será crucial para os projectos de gás.

"Temos os portos de Pemba e Quelimane mas são pequenos, comparados a estes três que são pontos de entrada para o país. Se combinados teremos um oceano para entrada no nosso país e uma projeção sustentável", afirmou Clávio Macuácua.

Para este orador é preciso investir em infra-estructuras fora do mar que vão servir ao porto e aos pequenos operadores, garantindo que é a partir do mar que 90% de carga é transportada para servir a terra.

Clávio Macuácua falava sobre o tema "Serviços Sustentáveis e Gestão Portuária na Região do Oceano Índico para Melhoria da Conectividade Marítima ", no segundo e último dia de debates da conferência "Crescendo Azul".

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