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ANGOLA

Operação «Transparência no Mar» vai afastar navios que pescam ilegalmente

A “Operação Transparência no Mar” vai fazer com que a maior parte das embarcações que pescam ilegalmente nas águas territoriais de Angola se afaste, disse a ministra das Pescas e do Mar, no decurso de um encontro com operadores em Moçâmedes.

Maria Antonieta Baptista, citada pelo Jornal de Angola, adiantou que aquela operação, iniciada segunda-feira, em Luanda, vai permitir que a actividade das embarcações de arrasto entre os paralelos 15 e 17 seja reduzida, o que deverá ter como resultado uma ligeira melhoria das capturas.

O presidente da Associação de Pescas do Namibe, Jorge Hilário, denunciou a existência de embarcações de arrasto que praticam a pesca ilegal nas águas territoriais e manifestou preocupação com a atribuição das licenças que, disse, também têm criado transtornos à actividade pesqueira.

Sábado, a ministra das Pescas e do Mar entregou duas lanchas para o reforço da fiscalização marítima no Tômbwa e na comuna da Lucira, a norte do Namibe, no âmbito da “Operação Transparência no Mar”, meios que serão reforçados com mais uma embarcação, recentemente recuperada.

A operação envolve mais de 50 embarcações e cinco helicópteros equipados com tecnologia para neutralizar, em tempo útil, qualquer anomalia na costa angolana.

O porta-voz da operação, comissário António Bernardo, disse que o objectivo é combater o transbordo e comercialização ilegal de combustível, possíveis tráficos de seres humanos, imigração ilegal, fuga de capitais, pesca ilegal e fuga ao fisco no mar.

A “Operação Transparência” foi inicialmente lançada em terra em sete províncias – Lunda Norte, Lunda Sul, Malanje, Moxico, Bié, Uíge e Zaire, tendo progressivamente sido alargada a todo o país. (Macauhub)